A compostagem é uma prática que associa muitas vantagens para o meio ambiente. O método clássico é um processo biológico através do qual os microrganismos (bactérias e fungos) transformam a matéria orgânica (essencialmente folhas verdes e secas de árvores e plantas, flores, papel, restos de fruta e de vegetais, etc.,) numa substância designada por composto, muito semelhante a terra com pouca humidade. O composto, rico em nutrientes e minerais, contribui para o crescimento das plantas como um adubo natural.

O processo de compostagem divide-se essencialmente em três fases;

– a mesofílica que dura cerca de 15 dias, em que os fungos e bactérias que se reproduzem à temperatura ambiente e começam a multiplicar-se e a decompor o lixo orgânico,

– a termofílica, que tarda mais de 40 dias e onde acontece o crescimento e a degradação da matéria orgânica por meios de bactérias e fungos, que gostam de calor e que sobrevivem a temperaturas entre os 65ºC e os 70°C.

– a maturação, que dura mais ou menos 30 dias e onde ocorre a redução da temperatura e também da atividade microbiana e o composto se torna maduro, ou seja, em que a decomposição ficou completada e o composto está pronto.

A compostagem clássica pode ser realizada a nível doméstico e comunitário, através de compostores estáticos ou rotativos e industrialmente por meio de sistemas de tambor rotativo (in vessel), de sistemas de túneis em ambiente fechado com revolvimento das pilhas de resíduos e ainda através da disposição em leiras que são regularmente revolvidas para promover a aeração e a mistura dos materiais até á fase termofílica com a higienização de todo o material, eliminando organismos patogénicos, causadores de doenças.

No âmbito doméstico a compostagem pode ser realizada através de unidades estáticas ou rotativas com capacidades entre os 140 e os 800 Litros.

Já na compostagem comunitária o mais usual é a colocação de ilhas com compostores individuais de 1000 Litros (1m3) para receber os biorresíduos verdes e castanhos.